Por vezes parece-me que as pessoas não entendem bem o conceito de “Liberdade”. Querem a liberdade para eles, mas não a querem dar aos outros. Isto chama-se hipocrisia, ou cinismo.
Nos últimos tempos, tem-se assistido a um cerco cada vez maior por parte das “elites” que nos governam de restringir cada vez mais a Liberdade de Expressão. Chamam-lhe “Fake News”, e de repente, é bom censurar, desde que se censurem apenas as Fake News. De repente, é bom injectar dinheiro em meios de comunicação social que permitem aos governos fazer propaganda, e isso é bom, porque é “do bem”.
De repente, porque estamos em guerra não declarada “em apoio” à Ucrânia, é bom não permitir ao gado mentalmente inerte que ouça “as mentiras e a propaganda” russa, não vão eles desconfiar que quem lhes mente são os nossos pastores.
Há uns anos atrás, quem não acreditasse no que os meios oficiais de comunicação social (os tais que agora são patrocinados pelo Estado) sobre a eficácia e segurança de certas e determinadas injecções, era um chalupa, e estava a colocar em perigo a vida dos velhinhos. Estranhamente, quem se deixou injectar morre agora mais frequentemente do que no passado, mas pelo menos não andou a espalhar “fake news”. A censura é boa, porque o povão é burro e não pode ser incentivado a pensar por si próprio.
O que seria dos bons empregos dos “especialistas” que vão à televisão repetir os temas da narrativa, se as pessoas pudessem procurar a informação e fazer a sua própria investigação sobre os temas? O que seria da própria sociedade, se o acesso aos meios de comunicação social tradicional, televisões, rádios, jornais, não fosse altamente regulado “informalmente” por quem agora paga a esses mesmos media para continuarem vivos, a ajudar a manter a propaganda?
Devemos ter medo da censura? Claro que sim. Com censura, quem tem o poder torna a população dócil. A censura permite a quem tem o poder de manter o gado numa posição de submissão, aceitando que apenas “os eleitos” têm alguma capacidade de manter a sociedade funcional. A censura é a forma de tornar o povo (que vota, para decidir quem manda) dócil e medianamente contente.
Uma vara de porcos não entraria num carro se soubesse que iam para o matadouro. Entram porque não têm capacidade de raciocínio. Bastaria um porco ir ao matadouro, ver o que aconteceu e voltar para contar, para conseguir convencer o resto da vara a não entrar no carro. Mas isto são porcos. Os humanos preferem não acreditar no que um porco diz. Os humanos foram ensinados a não confiar no chalupa que lhes diz que estão a caminho do matadouro. Os humanos foram ensinados a acreditar que quem lhes dá de comer é bom, e apenas quer o seu bem.
Os humanos foram treinados a acreditar na infalibilidade da autoridade, e a autoridade é infalível porque censura todos os dados que são contra a sua narrativa. Fá-lo com a mesma violência com que castiga quem não aceita ser roubado (ou “contribuir com os seus impostos para a sociedade”).
O movimento e o pensamento libertário, para ser verdadeiramente uma Força de mudança, apenas pode ser abertamente contra a censura, seja de que forma se manifeste.
A censura é uma coerção do individuo, e deve ser agressivamente combatida. A luta aberta contra a censura é uma manifestação do princípio da não agressão. Quem censura pretende agredir o mais básico do ser humano, que é o seu pensamento. Quem me agride ou pretende agredir, viola os meus direitos, e permite-me a resposta agressiva como defesa.
Este princípio resume-se numa citação, erradamente atribuída a Voltaire (mas na verdade de Evelyn Beatrice Hall):
Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até à morte a tua Liberdade de o dizer
Não se trata de medir galões, não se trata de discussões filosóficas.
Se um Homem não tem a coragem de assumir como sua a luta pela Liberdade dos outros, não é um Homem, é um rato.
Alegar que um Partido, seja qual for, deve ser ilegalizado porque, na verdade, defende as suas ideias, e não pretende comemorar uma data de má memória para si não significa que devam ser ilegalizados. Significa que devem ser encorajados a mostrar cada vez mais a sua verdadeira cara, e quem verdadeiramente são.
A censura cria vítimas. A Liberdade de Expressão cria idiotas, que se desmascaram facilmente na praça pública.
Hasta la Libertad SIEMPRE, camaradas.