Há oito anos atrás decidi entrar num projeto que pretendia formar um Partido Libertário em Portugal.
Há oito anos, já achava que a existência de um Partido Libertário em Portugal era urgente. Hoje, com o avanço das políticas globalistas, dos ataques à Liberdade por parte dos parasitas que pululam e se alimentam do Estado não é urgente, é imprescindível.
Acredito hoje que as pessoas que estiveram à frente da Associação que foi formada nunca tiveram a vontade, a coragem, ou a qualidade para formar um Partido. Pelo contrário, revelaram-se durante estes últimos anos como profundamente incompetentes, medíocres, egocêntricas, e, sei agora, desonestas, sem um pingo de dignidade.
Neste último fim de semana foi organizada uma Assembleia Geral onde foi votada uma Moção de Censura à actual direção, incapaz de angariar 7500 assinaturas há SEIS ANOS, pejada de ilegalidades, e “irregularidades burocráticas”, com má gestão de dinheiros, de associados, uma trapalhada de dimensões bíblicas. Esta moção de Censura (que eu próprio apresentei) foi aprovada por 78,9% dos participantes na Assembleia Geral. Qualquer pessoa com um mínimo de vergonha na cara ter-se-ia demitido (até porque esse era o objetivo da Moção, permitir que a Direção se demitisse com um mínimo de dignidade).
48 horas depois, tudo está na mesma. A Direção não se demitiu, e todos os membros da Associação voltaram às suas vidas, como se nada se passasse, acreditando que a Direção, agora censurada, irá resolver e limpar em dois meses o lodaçal que criou em seis meses. Acreditar no Pai Natal ou na Fada dos Dentes é bonito, mas raramente tem resultados práticos.
Acresce que, durante a Assembleia, uma Moção de Destituição apresentada por um membro estimado e que já deu mais trabalho à Associação que a maior parte dos outros membros, que já juntou mais Libertários do que os outros afastaram, e já demonstrou mais vontade de trabalhar abnegadamente para o bem do Movimento Libertário em Portugal que qualquer outra pessoa em Portugal, foi censurada e impedida de ser votada. Um atropelo democrático inqualificável, uma falta de Liberdade, numa Associação que (diz) pugnar pela Liberdade.
No xadrez, jogamos com peças de madeira, ou plástico, que usamos e voltamos a colocar na caixa, para o próximo jogo. Quando tentamos jogar xadrez em 3D, jogamos com peças que têm honra e dignidade. E essas peças, peões, bispos ou cavalos, têm vida própria.
A tentativa de protelar, atrasar, jogar com peças em 3D não é para todos, e muito menos é para ígnaros egocêntricos, com interesses obscuros, que pretendem manipular a seu bel prazer os mais incautos.
A Associação Partido Libertário está morta. Estava moribunda, e a estocada final foi dada com o total incumprimento de um processo democrático, com uma falta de lealdade, de honestidade, e acima de tudo, de camaradagem, que transforma esta Associação num pântano em que quem quiser continuar terá sempre que saber com quem está a lidar, e quais os motivos últimos dessas pessoas.
Esta minha declaração pública sobre assuntos internos da Associação é punível com expulsão dentro desta Associação. Por isso a escrevo. Não só apresento publicamente o meu pedido formal de desvinculação como sócio nº2 desta Associação, como peço seja também formalizada a minha expulsão, por violação da regra de não tornar públicos os assuntos da Associação. Faço-o com a consciência que a desonestidade e a dignidade não podem passar em claro, e isso é mais importante que as regras criadas pelos desonestos. Faço-o também depois de ter ponderado durante 48 horas, garantindo que a decisão não é tomada de forma extemporânea.
Esta Associação é um campo de eucaliptos onde nada medra ou medrará, e onde o lodo é passível de tragar qualquer incauto que lá queira colocar o pé.
A Liberdade em Portugal precisa de avançar, e os escolhos estão agora identificados. Sabemos quem não quer nem sabe avançar.
Bruno Garcia
Ex-sócio número 2 da Associação Partido Libertário.
Já te disse.... Pó c*****inho com esse negativismo :P
Parece que te tenho que bater a ti mais que ao Novais... Até já Janeiro ainda há uma janela!