É raro perceber no momento em que os estamos a viver, que algum acontecimento será reconhecido no futuro como um ponto de viragem histórico.
A tentativa de assassinato de Donald Trump no passado Sábado é sem dúvida um desses momentos, e irá como um ponto que marca claramente o declínio dos Estados Unidos da América.
Este evento representa o caos e a desordem que caracterizam o actual estado das coisas, e aumenta a divisão na política norte-americana.
Não vou entrar por teorias da conspiração. Outros presidentes já foram assassinados. Mas nunca nenhum Presidente em exercício tinha pedido, dois dias antes, para “colocar Donald Trump na mira”. Dantes, a política era a política. Agora, em desespero, vale tudo, até pedir a morte dos seus adversários.
A tensão era visível nos protestos anti-Israel, nos distúrbios do BLM. Agora escalou para o assassinato político.
Uma bala passou a poucos centímetros de pôr fim à vida de um ex-presidente e principal candidato ao mais alto cargo político do país. Teria sido uma morte grotesca, extremamente violenta, transmitida em direto pelas televisões, e por centenas de telemóveis.
Trump sobreviveu, mas pelo menos um espectador do comício morreu. Morreu porque foi a um comício, para apoiar o seu candidato escolhido para um cargo democraticamente eleito. E alguém decidiu que em vez de permitir que os eleitores decidissem o futuro do nosso país, iria usar a violência para mudar essa decisão.
É assim tão difícil perceber o que levaria alguém a este nível de extremismo?
Durante os últimos oito anos, os meios de comunicação social têm dito às pessoas que Trump é Hitler e representa uma ameaça existencial para a humanidade.
FAFO. Quando levamos demasiadas pessoas ao medo constante, algumas irão reagir contra a fonte do medo.
E nas horas que se seguiram à tentativa de assassinato de Trump, os meios de comunicação social continuaram a falhar vergonhosamente o seu dever de imparcialidade.
A CNN declarou: “Os Serviços Secretos empurra Trump para fora do palco depois de ele cair no comício” e “Trump ferido em incidente no comício”. A típica ofuscação da realidade de fact-checkers e mentirosos.
Mesmo depois de ser impossível negar que uma bala tinha atingido Trump e que se tratava claramente de uma tentativa de assassinato (na prática uma espécie de Golpe de Estado, pois o alvo era todo o próximo regime americano), a Associated Press, a CNN, a NBC e outras continuaram a publicar manchetes com variantes de “Tiros no comício de Trump”.
A manchete da NPR dizia: “Trump diz que foi baleado na orelha durante o comício”. Note-se o texto: “Trump diz que foi baleado”, como se fosse só mais uma declaração demente e não verificada do ex-presidente e que teria que ser verificada por um dos sagrados fact-checkers.
Isto pode parecer um ponto menor, no seguimento de um incidente como este, mas não é. Os media dizem o que lhes apetecem, sem verificação, e tentam fazer passar uma narrativa desfasada da realidade sempre que podem. Mesmo quando o seu alvo número um dos últimos anos, e a quem eles demonizam há mais de oito anos, acabou de ser baleado.
Na política, dantes, criticavam-se as políticas. Hoje, já nem se criticam as pessoas, criam-se monstros sem nenhuma ligação à realidade, mas que, sendo amplificados pelo histrionismo dos media, em quem as pessoas (ainda) acreditam e tomam por honestos e imparciais, e que se transformam em medos constantes.
Trump, o demónio que pode acabar com a democracia é tão invenção dos media, como o Covid, o vírus que pode acabar com a humanidade, o Aquecimento Global, o CO2 que pode acabar com o planeta, ou Putin, o louco que pode conquistar a Europa.
Estamos constantemente a ser bombardeados com medos, sempre prestes a ter as nossas vidas arrasadas, por causa do Trump, do Covid, do CO2, do Putin. Os media transmitem, vão vendendo jornais ou anúncios em prime time, o povo ouve, segue os desenvolvimentos como se fosse uma telenovela (nunca vêm nenhuma das profecias realizar-se, mas não interessa, a televisão diz que pode acontecer), e viram-se apenas para os seus líderes para os salvar.
São sempre os mesmos. Os políticos de carreira, que nunca foram capazes de fazer nada com o seu próprio dinheiro, que nunca disseram uma verdade na sua vida, que nunca tiveram provavelmente uma ideia, são eleitos para salvar a populaça em pânico.
Biden, Macron, Trudeau, Guterres, Lula, Ursula, Costa & Montenegro, e tantos outros. Inúteis, incompetentes e medíocres, mas que durante anos manipularam os seus “elevadores políticos”, para chegarem à posição em que estão hoje. E como temos demasiadas coisas boas, e eles não sabem o que fazer, precisam de criar crises, para depois “nos poderem salvar”.
Vejamos o Biden, Joe. Perto da senilidade há 4 anos, eleito praticamente sem fazer campanha, conseguiu ser eleito após (alegadas) manipulações eleitorais provadas matematicamente mas nunca aceites. Durante 4 anos raramente deu provas de vida, e quando dava era claro o seu declínio intelectual.
Prometeu unir o país e “restaurar a alma da América”, mas apenas aprofundou as divisões, ao ponto de estas divisões serem hoje muito piores do que eram há quatro anos.
E isto para não falar do seu historial em termos de inflação, segurança nacional, segurança global, fronteiras e muito mais. Um líder fraco e senil, de quem todos se aproveitam para atacar a Democracia e a Nação.
A maioria dos Democratas do partido de Joe Biden não querem que ele se candidate, mas como um velho teimoso, sem noção da realidade, ele insiste que vai continuar na corrida. Estão aterrorizados por saberem que vão perder as eleições. Os próprios funcionários da sua Administração sabem que vão perder os seus empregos. Sabem que não podem vencer. Se Biden desistisse, talvez tivessem alguma hipótese. Mas com Biden, não têm qualquer hipótese.
Por isso, não é de estranhar que alguém com perturbações mentais – sentindo uma sensação de desespero e inevitabilidade pela perda das eleições – tenha assumido a responsabilidade de eliminar Donald Trump.
Já muito se escreveu sobre a falta de segurança no evento. Não devemos ficar surpreendidos. Joe Biden escolhe o seu pessoal com base nas credenciais de diversidade e inclusão, não em talento. E isso inclui o Serviço Secreto.
Só para dar uma ideia de como a falha de segurança é absolutamente extraordinária:
Se olharmos para uma imagem de satélite do local do comício, vemos existem seis estruturas com telhados elevados com linha de visão clara para onde Trump estava a falar.
Estes seis locais eram pontos de vulnerabilidade de alto risco que o Serviço Secreto absolutamente devia ter isolado horas antes do comício começar. Em vez disso, estavam totalmente abertos. O atirador subiu com uma escada ao mais próximo, de Trump, a menos de 150 metros de distância. Inacreditável como uma falha tão básica de segurança foi possível.
Existem vídeos que mostram a multidão a gritar com os polícias, informando-os da presença do atirador no telhado. Mas como sempre, a incompetência dos polícias e dos Serviços Secretos é de nível superior.
Isto não deveria surpreender ninguém. Há dois anos, na escola de Uvalde, Texas, um louco estava a assassinar crianças, e os polícias ficaram por perto e não fizeram nada.
Quando achamos que não se pode descer mais, a capacidade que funcionários públicos têm de ser ainda mais medíocres surpreende-nos. Será porque, como funcionários públicos, não precisam de se empenhar? O facto de terem uma garantia de ordenado ao final do mês, sem terem que produzir trabalho de qualidade poderá ter este resultado? Generalizo, mas quando dependemos apenas do roubo do trabalho de outros para garantir o nosso ordenado, é natural que nos deixemos corroer pela mediocridade.
O declínio do Estado (neste caso o Americano, mas pode ser aplicado a qualquer país dito “ocidental”) é visível, e nada o demonstra melhor que a profunda incompetência dos Serviços Secretos e agentes da Lei, que deixaram a pessoa que tinham que proteger escapar à morte por centímetros, mas deixaram morrer um espectador e ferir mais dois.
Vendem-nos os aumentos de impostos “para nos proteger” e para garantir a nossa segurança, mas quando não o conseguem fazer encolhem os ombros e lamentam-se de pouco dinheiro.
Presumo que, tal como pais optam por escolas privadas, apesar de terem direito a escola pública, Trump irá rapidamente optar por segurança profissional, paga por ele, mas que pelo menos seja competente e o consiga manter vivo.
A escalada da violência política é profundamente perturbadora. Mas a incompetência desta segurança no comício é mais uma humilhação para os americanos, depois da desastrosa retirada do Afeganistão. Os adversários da América não conseguem acreditar no profundo declínio. E alguém ainda acha estranho que Putin tenha escolhido o mandato de Biden para resolver o problema da guerra no Donbas da Ucrânia, que já durava há 8 anos?
Então, e agora? Que se segue?
A esquerda já tentou de tudo para manter Trump fora do poder. Tentaram a desinformação e a fraude do conluio com a Rússia, quando foi eleito.. Tentaram o impeachment, duas vezes. Tentaram uma guerra jurídica. Tentaram colocá-lo na prisão. Tentaram mesmo retirá-lo de alguns dos boletins de voto. Nada funcionou.
E, agora, alguém tentou derrubá-lo com uma bala. E também não funcionou.
Claro que se a bala tivesse sido um centímetro para a esquerda e tivesse sido o cérebro de Donald Trump derramado no palco, em vez do seu sangue, os Estados Unidos teriam um completo caos em mãos, e o potencial para uma guerra civil.
Felizmente, existia uma ligeira brisa e o atirador não soube compensar para o vento. E agora a esquerda está completamente desesperada. Os eleitores têm agora que escolher entre um velho debilitado que não consegue completar uma frase e tem a capacidade de locomoção de um robot de há 40 anos, ou um sujeito cujo primeiro instinto após uma tentativa de assassinato é levantar o punho e gritar “LUTEM!”.
É óbvio qual a imagem que a América precisa de projetar neste momento. Mas apesar do seu discurso retórico sobre a salvação da democracia, a esquerda tem medo de permitir que os eleitores escolham. Todos os seus grandes planos falharam... um após outro. Sabem que vão perder.
O que vai acontecer a seguir?
Ou Joe Biden sofre um “acidente” (que preferencialmente deveria ser atribuído a um Republicano que se queira vingar do atentado a Trump, de forma a ganhar pontos), e substituem-no por um candidato viável, ou voltam a fazer a mesma manipulação desenfreada dos eleitores como sempre fizeram, contando para isso com a ajuda dos media, que sempre os apoiaram no ódio por Trump.
Duvido que exista uma terceira opção, ou seja, permitir que os eleitores tomem as suas próprias decisões livremente. A esquerda é fanática e, como mostra a tentativa de assassinato, está disposta a tudo para atingir os seus objetivos.
Não nos iludamos. As eleições americanas irão ter influência direta em Portugal. Uma vitória de Biden irá prolongar o declínio. Continuaremos preocupados com diversidade, com “géneros” sexuais, com sensações, arco-íris e unicórnios. Continuaremos a demonizar o CO2, a carne vermelha, e quem não pensa como nós. Continuaremos a querer financiar guerras que não podem ser ganhas, pagas com dívida que não pode ser paga. O futuro está em jogo, e temos que deixar de acreditar que são velhos senis que nos vão salvar. Só nós nos podemos salvar, mas seria bom não termos políticos medíocres, corruptos e incompetentes a tentar “ajudar”.